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DISPAROS EM MASSA DE MENSAGENS ELEITORAIS: COMPREENDA AS PROIBIÇÕES RELACIONADAS À PROPAGANDA ELEITORAL E TECNOLOGIAS DE DISPARO DE MENSAGENS

  • Foto do escritor: JA LOPES ADVOGADOS
    JA LOPES ADVOGADOS
  • 9 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de jul. de 2024

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A tecnologia tem transformado diversas áreas, incluindo a política. As campanhas eleitorais têm utilizado, cada vez mais, as redes sociais e ferramentas de comunicação para alcançar eleitores. Uma dessas tecnologias é o disparo em massa de mensagens, que pode ser feito por aplicativos de mensagens instantâneas. No entanto, é fundamental compreender as proibições e regulamentações que cercam o uso dessas tecnologias para propaganda eleitoral.


O que é Disparo em Massa de Mensagens?

Disparo em massa de mensagens é o envio simultâneo de uma grande quantidade de mensagens para uma vasta lista de contatos. Esse tipo de comunicação pode ser realizado por meio de plataformas como WhatsApp, Telegram e outras ferramentas de mensagens instantâneas. Embora eficaz para alcançar um grande número de eleitores rapidamente, essa prática levanta diversas questões legais e éticas.


Regulamentação da Propaganda Eleitoral

A legislação brasileira impõe diversas regras para a propaganda eleitoral, visando garantir a equidade e a lisura do processo eleitoral. A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) e a Resolução TSE nº 23.610/2019 são os principais instrumentos normativos que disciplinam a propaganda eleitoral no Brasil. Entre as regras, destacam-se:

  • Proibição de Spam: É vedado o envio de mensagens não solicitadas a eleitores. O disparo em massa de mensagens sem o consentimento prévio dos destinatários pode ser considerado spam, o que é proibido.

  • Proteção de Dados Pessoais: A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também se aplica às campanhas eleitorais. O uso de dados pessoais para o disparo de mensagens deve estar de acordo com os princípios da LGPD, que incluem a necessidade de consentimento do titular dos dados.

  • Conteúdo das Mensagens: As mensagens enviadas devem respeitar a verdade dos fatos e não podem conter informações falsas ou enganosas. A propaganda eleitoral deve ser ética e transparente.


Consequências do Descumprimento

O descumprimento das regras sobre disparo de mensagens eleitorais pode acarretar diversas consequências, incluindo multas, suspensão da propaganda e até mesmo a cassação do registro ou diploma do candidato. Além disso, o uso inadequado de dados pessoais pode resultar em sanções previstas na LGPD.

Boas Práticas

Para evitar problemas legais, as campanhas devem adotar boas práticas na comunicação com os eleitores:

  • Obtenha Consentimento: Certifique-se de que os eleitores consentiram em receber mensagens da campanha.

  • Seja Transparente: Informe claramente a finalidade das mensagens e respeite a privacidade dos destinatários.

  • Verifique o Conteúdo: Garanta que as mensagens contenham informações verídicas e relevantes.

O uso de tecnologias de disparo em massa de mensagens pode ser uma ferramenta poderosa em campanhas eleitorais, mas deve ser utilizado com cautela e em conformidade com a legislação vigente. Compreender e respeitar as proibições e regulamentações é essencial para uma campanha ética e bem-sucedida.




 
 
 

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